terça-feira, 22 de junho de 2010

Festivais da Vida - Mara Brito

Já que esse mundo não nos aceita tal como somos,

Então vamos fazer um encontro...
Onde todos possam sorrir abertamente,
Onde haja gente abrindo a mente,
Um lugar em que o povo dança do jeito que quer,
Sem seguir métricas e modelos,
Um lugar que não tenha distinção entre homem e mulher!



Vamos fazer um encontro onde encontraremos
pessoas com histórias fantásticas,
A união estará em torno de um só lugar.
O preconceito,nem a homofobia terão lugar...
Viva o mundo!
Tudo isso vou ganhar,
Amigos,experiência,eu vou levar!


Vamos nos encontrar nessa mistura
de cores,nomes,vidas,culturas...
O que a gente ganha nesse festival?
O que a gente aprende?
O que a gente leva de importante?
O que é importante?
Tu sabes amigo?


A gente leva milhões de coisas,
Voltamos com o espírito revolunionário,
Com vontade de lutar mais...
É como se a gente voltasse de um sonho...
Saímos daquela redoma que o mundo nos imponhe
E abrimos os olhos para a verdadeira face do mundo,
A face desconhecida por muitos!


Esse festival da vida
Ninguém quer sair mais!
O povo sonha com a mudança,
O povo quer paz,amor e esperança...
Os festivais da vida deixam uma grande herança:
Na memória de quem está vivo
A música,a luta,os movimentos,a mundança...
 
Josimara Brito - @maragadai

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Passageiro - Mariana Romão

Já nem me lembro desde quando estou aqui
Sentada do lado da janela deste vagão
Onde muito pouca coisa acontece
E até os balanços do trem são imperceptíveis

Vez por outra passa alguém por aqui
Diz um "oi" e um "tchau"
Não se interessam em partilhar conversa mais longa
Partem sem nem olhar para trás
Simplesmente vão

O trem segue viagem...
Dias a fio na mesma estação
Onde observo o vai-e-vem das pessoas
Invejo o movimento de suas vidas
Outras vezes vejo a paisagem passar tão rápido
Não vejo as pessoas, nem os lugares
Não ouço som algum, nem mesmo sinto o vento

A viagem segue
O tempo não passa nesse vagão vazio
Fecho os olhos, recosto a cabeça na janela
E no silêncio desta vida
Adormeço sem sonhos.

Mariana Romão - @mariana_nas

segunda-feira, 14 de junho de 2010

O Nosso Tempo - Mara, Pedro, Amanda e Maurício.

Sou de um tempo em que a pior parte da queda era o "Merthiolat".
Amar ao próximo, sempre fez parte,
E a gente se unia para brincar de fazer arte.

Sou de uma época que a televisão era o céu,
As crianças jogavam bola,
Nossa infância, doce como mel,
Onde a melhor partedo dia, era chegar da escola.

Sou do tempo de brincar na rua,
Pique-esconde, pique-fruta, tica-cola...
Meus amigos trocavam figurinha
E a gente sabia contar história...

Sou de um tempo que a gente fazia de tudo para ser feliz!
A vida era bela, televisão era janela,
E a gente brincava de cantar e sorrir...

Sou do tempo que a gente comia à mesa,
Para gostar, não exigia beleza,
E tudo era luxuoso, mas simples assim.

Sou do tempo do Lobato,
Das lendas fantasiosas,
Da época dos retratos,
Das rimas e das boas prosas.

Sou do tempo de aromas doces,
Visões claras,manhãs bonitas.
Sentimento, qualquer que fosse,
era num cartão amarrado à fita.

Sou do tempo que no jogo era feio roubar,
Dinheiro servia para comprar doce
Do tempo que lula era fruto do mar,
E serra não passava de uma foice!

Mara, Pedro, Amanda e Maurício - @maragadai, @pledow, @div_Am e @mvfbit

O que é o que? - Fabíola Mattos

O que é o que?

Nuvem, é o que aparece momentos antes do raio de sol
Peixe, é o que esquece e nada, com a vida estando por um anzol
Fogo, é o que aquece e quase sem perceber traz a luz
Fé, é a benesse que não se explica com uma só cruz

Medo, é uma doença sem contágio, sem remédio e sem dor
Desejo, é uma dança repleta de gosto, tato, cheiro e cor
Paz, é uma criança dormindo dentro de nós
Essência, é a bonança que encontramos ao ouvir nossa voz

Ontem, é o antigo do hoje que se torna passado sem mandar aviso
Som, é o amigo da alma que carrega o gosto pelo improviso
Busca, é o que digo querer quando não sei o que preciso
Vida, é o castigo de quem fica entre as portas indeciso

Fabíola Mattos
- @fabiollamatos

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Soneto dos Gritos - Amanda Souza

O grito pelo som da noite oculto
Se faz novo, calmamente desesperador
O brado incorrupto de tom afoito
Rasga os pulmões flamejantes em ardor.

O sangue não lhe corria mais às veias
Lágrimas ocuparam o espaço vital
Mas há um local em que esta não permeia
O vermelho que lhe resta, sopro final.

Numa guerra inútil de combatentes enclausurados
Seu desenlace se torna incerto e trivial
Não há mais nada que detenha seus soldados.

O objetivo claro da batalha genial
Ambos exércitos acabarão derrotados
Anulando suas vidas, uma morte crucial.

Amanda Pereira Souza - @div_Am

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Oi, amigo bonito - Geci Cavalcanti

Hoje eu conheci o azul que faltava para formar a tonalidade perfeita do roxo mais lindo que existe. A voz; o sorriso; o tocar; o olhar. O olhar. Um olhar que procurava incessantemente algo dentro dos meus olhos, alguma informação valiosa, algum vacilo meu. Um olhar que me mostrava o interior; seu interior. Um olhar que me deixou eufórica, querendo falar para os quatro cantos do universo que eu tinha conhecido você. Um olhar que me fez suar, embolar a fala, acelerar descompassadamente o coração. Mas como pode acontecer isso? Uma pessoa que eu acabara de conhecer poder me causar todos esses sintomas? Disseram-me que não podias ser meu. Não te quero para mim. Não te quero como propriedade privada. Queria você, junto a mim. Mas não te quero assim, como num desejo carnal. Sinto que posso cultivá-lo sem devorá-lo. Acharam minha ideia maligna. Diabólica. Mas haveis os anjos de entender esse meu desejo instantâneo. Você também. E quando enfim, ler o que escrevi, irá pensar que estou a falar n'outro. Mas tenha a certeza de que meu coração pensou em ti quando tomou meu corpo emprestado para escrever sobre a emoção de ter conhecido você. Pequeno novo belo amigo.


Geci Cavalcanti - @geci_cavalcanti

Hoje eu senti... - Nathália Guarienti

Hoje eu senti vontade de jogar frases e palavras ao vento...
Coisas que eu sinto e que não sinto... Tudo ao mesmo tempo!


Sentir calado;
A paz de espírito;
A paz que procurei;
O caminho que escolho;
O amor que encontrei;
A difusão da alegria com a temperança;
O contrário do avesso de antigamente;
Até onde a vida alcança... ?


A felicidade aturdida;
A música que embala e balança...
E que faz ninar a criança;
Que brinca, sorri... E cansa!


O horário dividido, difuso, compelido e complicado;
O ser e não ser separados e "ajuntados"...
A vida como quem quer o bem de alguém;
Sendo complicado, problemático e colorido;
Sendo honesto, querido; sem sentido, indeciso...
Sendo o real, o sonhador;
E o romântico natural...


Que o vento possa sempre trazer bons ares de vitória e paz!
A junção de todas as coisas boas que nos satisfaz...
Porque, vindo de ares bons, muitas coisas boas podem-se "achegar"...


E o mar... Ah, o mar!
Sempre leva e traz o que todos nós queríamos acreditar...
Faz com que o nosso horizonte não pare em um só lugar...


Faz com que o horizonte possa alcançar o ar,
Faz com que possa alcançar a alteridade disfarçada,
De uma pessoa que tenta começar a poetizar;
E que leva a verdade como uma questão sempre a se questionar...


Que eu sempre possa plantar sementes que deem bons frutos (como as de hoje);
Que eu possa sempre transmitir nas palavras ao vento,
Os bons sentimentos de dentro do meu estômago/coração...


Que o meu refúgio sempre possa ser uma canção...
Ou mesmo quem sabe,
Uma variação de qualquer coisa que possa dizer
o que significa a emoção ou a razão...
Ou até mesmo o fim de uma eterna e louca... Observação!
Se quiserem, podem até me dar uma sugestão... rs
Afinal, ser ouvinte e ser leitora... É um dia talvez,
Também ser escritora... [?]
Ou será que só eu penso assim,
Dentro desse meu estômago/coração?

Nathália Guarienti - @Naathita

Ponto de Continuação - Pedro Henrique

E mais alguns sentimentos
Que prefiro não comentar
Guardo aqui dentro, em versos a terminar

Sonhos só, que sonho realizar
Em outros versos e letras
Busco encontrar
Um novo sentido nas estrelas

Um sorriso, um encanto
Ledo engano?
Somente ao fim saberei

Sobraram-me as reticências
Uma dose de paciência
No meu coração
Este é só o ponto de continuação

Pedro Henrique - @pledow

terça-feira, 8 de junho de 2010

Curriculum Vitae - Livia Ricci

Um curriculum tem como objetivo mostrar as atividades que já executamos na vid Um curriculum tem como objetivo mostrar as atividades que já executamos na vida, pois eu digo que deveria conter mais. Deveria estar registrado os cheiros que sentimos e nos fazem lembrar situações esplendidas, o simples observar das asas de uma borboleta, seres estes que carregam em si alma de alguém que se foi.
Neste registro tinha que ser obrigatório conter a sensação que experimentamos ao escutar uma linda melodia. Sabe aquela música que nos transporta para outra dimensão, aquela nota que ecoa e toca nossa alma chegando a ser palpável e provocadora da expansão dos nosso sentidos mais aguçados.
Quem sabe também poderíamos colocar nas entrelinhas aquele passeio que não sai do pensamento, aquela pessoa que escolhemos para estar ao nosso lado, aquela que desembarcaram e nem ao menos falamos “Adeus”.
Aquela nostalgia presente nos momentos de alegria que já se foram. A vontade de mudar-se para um lugar mágico mais junto com este item a imprescindível coragem de tentar, de arriscar.
Que constar também os ensinamentos de musica para quem sabe ouvir,ou mesmo ensinar a ouvir quem não sabe. Dar ao outro o paladar para apreciar uma partitura, uma tela, um som, uma nota que for.

Livia Ricci - @liviaricci02

Explicações

Seguinte, galera. As postagens funcionarão da seguinte forma:

• No título: ficará, primeiro, o nome do Texto/Verso/Poesia/Composição e depois o nome do Autor;
• No final do texto, terá novamente o nome do autor e depois seu endereço no Twitter (o arroba);

Fiquem atentos: caso haja alguma mudança, eu vou refazer esse post.

No mais, é isso.

#SarauVirtual

O #SarauVirtual é uma campanha idealizada por um dos administradores do twitter do Fã-Clube do Galldino (@fc_galldino), campanha essa que se baseia na seguinte idéia:

Nossos seguidores - nem sempre, tem muita gente que não nos segue e tem postado bastante - vão nos enviar textos, poesias, crônicas, composições e afins, desde que seja de autoria própria. Sendo assim, eu, que sou músico, pretendo separar alguns desses posts, transformar em música, fazer um humilde CD - quando falo humilde, é HUMILDE mesmo - e postar no Trama Virtual ou qualquer outro site do gênero. Assim, estaremos dando espaço para os artistas anônimos divulgarem seu trabalho, e, principalmente, ajudando no apoio a #MusicaLivre.
Não é nossa idéia fazer sucesso e ganhar rios de dinheiro. Queremos levar a arte até as pessoas, de graça, sem nenhum custo ou sacrifício, mostrar que é possível ter qualidade se gastar muito ou, pior ainda, se prender a alguma gravadora ou algo assim; queremos, também, levar o nome de artistas anônimos adiante, pessoas que tem talento de sobra e que ficam limitadas a um blog com poucos acessos.

Arte livre e independente é um direito de todos.
Muito obrigado a todos pelo apoio e pela credibilidade, precisamos muito disso.

Atenciosamente,

M.V.F.B