quarta-feira, 9 de junho de 2010

Oi, amigo bonito - Geci Cavalcanti

Hoje eu conheci o azul que faltava para formar a tonalidade perfeita do roxo mais lindo que existe. A voz; o sorriso; o tocar; o olhar. O olhar. Um olhar que procurava incessantemente algo dentro dos meus olhos, alguma informação valiosa, algum vacilo meu. Um olhar que me mostrava o interior; seu interior. Um olhar que me deixou eufórica, querendo falar para os quatro cantos do universo que eu tinha conhecido você. Um olhar que me fez suar, embolar a fala, acelerar descompassadamente o coração. Mas como pode acontecer isso? Uma pessoa que eu acabara de conhecer poder me causar todos esses sintomas? Disseram-me que não podias ser meu. Não te quero para mim. Não te quero como propriedade privada. Queria você, junto a mim. Mas não te quero assim, como num desejo carnal. Sinto que posso cultivá-lo sem devorá-lo. Acharam minha ideia maligna. Diabólica. Mas haveis os anjos de entender esse meu desejo instantâneo. Você também. E quando enfim, ler o que escrevi, irá pensar que estou a falar n'outro. Mas tenha a certeza de que meu coração pensou em ti quando tomou meu corpo emprestado para escrever sobre a emoção de ter conhecido você. Pequeno novo belo amigo.


Geci Cavalcanti - @geci_cavalcanti

6 comentários:

  1. Como disse no twitter, quem determinou que o simples não pode ser belo?
    Gostei de ter conhecido este texto

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  2. Ah, que lindo! Lindo meeeesmo! E quem disse que o seu texto é simples hein ? ♥

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  3. Mariana, Amanda

    obg :D

    que bom que gostaram \oo/

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  4. Em 3 décadas vividas, cada vez mais tenho a certeza que a beleza não está no objeto, mas nos olhos do poeta.

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